domingo, 20 de julho de 2014

Annie Leibovitz: A vida através das lentes

Já falei um pouco sobre o trabalho da Annie Leibovitz aqui no blog, e hoje venho fazer indicação do documentário Annie Leibovitz: A vida através das lentes, que foi produzido em 2006 e mostra mais detalhadamente a extraordinária carreira de Annie como fotógrafa.


No outro post eu já comentei brevemente sobre a trajetória de Annie Leibovitz e seu estilo de fotografar. Porém foi através do documentário (que assisti a poucos dias) que foi possível ter um vislumbre mais íntimo dela, do mesmo jeito que ela faz com as pessoas que fotografa.

Annie é conhecida por fotografar grandes astros do rock, como os Rolling Stones, John Lennon, além de grandes nomes do cinema como Meryl Streep, Johnny Depp e por aí vai. Porém também já clicou vários editoriais de moda e, para a minha surpresa, através do documentário descobri que ela foi a responsável por um dos meus preferidos.

No documentário foi possível ver o por trás das câmeras do editorial inspirado em Maria Antonieta, estrelado por Kirsten Dunst, para a edição de setembro de 2006 da Vogue.





Enfim, o documentário traz depoimentos de grandes nomes, como Anna Wintour, além de imagens super inspiradoras que me deixaram morrendo de vontade de sair por aí para fotografar. Recomendadíssimo para quem gosta de arte e fotografia.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Resenha: A Mulher Desiludida

Desde que comecei a me interessar e entender melhor o movimento feminista eu vinha tendo muita vontade de ler alguma coisa escrita pela Simone de Beauvoir, que foi uma das primeiras representantes do feminismo no mundo. No mês passado encontrei o livro A Mulher Desiludida na biblioteca e, por mais que eu quisesse ler antes O Segundo Sexo (que é o livro mais conhecido da Simone), decidi começar por esse mesmo.

A Mulher Desiludida é um livro que traz três histórias de mulheres em diferentes momentos da vida. A primeira história, chamada A Idade da Discrição, traz os dilemas de uma mulher ao envelhecer. Apesar dos meus vinte e poucos anos eu consegui me colocar no lugar dessa personagem e imaginar o quanto a gente muda no decorrer da vida e como a velhice não nos modifica somente por fora, mas também no modo como lidamos com a gente mesmo.

A segunda história, que chama Monólogo, traz uma narradora se queixando consigo mesma sobre sua vida, desde sua infância até seus dois casamentos fracassados e o suicídio da filha. Essa história traz uma reflexão acerca da solidão já que a personagem se encontra sozinha durante toda a história.

A terceira história, que dá também o nome ao livro, é a mais longa e é contada em forma de diário. Em A mulher desiludida, a personagem Monique descobre que seu marido tem uma amante e tenta conviver com isso mesmo não aprovando a pulada de cerca do esposo. Eu fiquei perplexa na maior parte da leitura dessa história. Ela traz uma reflexão a cerca do casamento, e como as vezes as pessoas não conseguem aceitar que casamentos podem não dar certo.

Enfim, a leitura desse livro foi uma experiência incrível! Ela traz consigo uma carga emocional muito grande, principalmente de empatia com as personagens. A narrativa da Simone é diferente em cada uma das histórias, porém uma característica que eu notei é que a autora nunca entrega os fatos de bandeja para o leitor. É ao longo da leitura que vai se descobrindo fatos da vida dos personagens e seus problemas.

Livro recomendadíssimo para quem gosta de fazer reflexões sobre a vida.


Título: A mulher desiludida
Autor: Simone de Beauvoir
Editora: Biblioteca Folha
Páginas: 190

sábado, 5 de julho de 2014

Atmosfera sombria na moda

A próxima exposição do Metropolitan Museum of Art (MET), intitulada Death Becomes Her: A Century of Mourning Attire tem como tema a atmosfera sombria da moda voltada para funerais e luto. A mostra vai trazer trajes dos séculos XIX e XX, incluindo vestidos usados pela Rainha Vitória em seu luto pelo príncipe Albert.


Essa notícia vem para reforçar que os temas sombrios na moda estão em voga, inclusive isso vem acontecendo desde o lançamento do filme Malévola. Porém a ideia não é sairmos por aí como se fossemos membros da família Addams, e sim incorporar em nossos looks, principalmente de festa, alguns elementos que exploram esse viés.

Através de volumes, por exemplo, é possível conseguir um efeito dramático no look, principalmente se acompanhados de cores escuras. Tecidos que ficam com efeito armado, como o tafetá, são ótimos para essa finalidade.

Marchesa, Luisa Beccaria
Outro elemento interessante são os detalhes pontiagudos, principalmente na região do busto, que dão um tom agressivo, lembrando as madrastas e bruxas malvadas dos contos de fadas.

zac posen
Zac Posen
Para dar um toque de sensualidade e sofisticação ao look é bom investir em peças com recortes que seguem as linhas do corpo e valorizam a silhueta.

zac posen
Zac Posen
As rendas e transparências, em cores sóbrias, já são clássicas da "moda de funeral" e elas vêm com uma leveza que lembra a atmosfera sombria.

luisa beccaria
Luisa Beccaria
E, por fim, não dá pra esquecer do preto né?

black is a happy color

Mortícia e Vandinha Addams aprovam essa tendência!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Diana Vreeland: A primeira editora de moda

Conhecer grandes nomes da moda é fundamental para quem quer trabalhar na área. Um dos meus propósitos é, um dia, trabalhar em uma revista de moda. Para isso, decidi conhecer um pouco sobre uma das personalidades mais importantes do meio das publicações: Diana Vreeland. Ela foi a primeira editora de moda que existiu e trabalhou nas revistas Harper's Bazaar e Vogue durante mais de 30 anos.


Uma ótima forma de conhecer Diana foi assistindo Diana Vreeland: The eye has to travel. O documentário, narrado através de uma entrevista de Diana, conta um pouco sobre sua vida, desde antes de seu trabalho como editora, até a época em que foi responsável por montar exposições sobre estilistas renomados no Metropolitan Museum of Art em Nova York.

Porém a parte mais interessante mesmo é quando nos é apresentado seu trabalho como editora de moda. Sua característica mais marcante foi a criatividade e o modo inovador de expressar a moda (que, até então, era vista como algo monótono). Foi Vreeland quem popularizou, através das páginas da Harper's Bazaar, o biquíni e o jeans azul. Também foi ela quem "descobriu" a atriz Lauren Bacall e explorou as imperfeições de Barbra Streisand nas páginas da Vogue.

Enfim, a trajetória de Diana Vreeland é muito bem apresentada no documentário, através de imagens ricas e inspiradoras, além de contar com depoimentos de grandes nomes da moda, como o fotógrafo Richard Avedon, a estilista Diane von Furstenberg, e até mesmo pessoas que trabalharam na redação com Diana.


Recomendadíssimo para motivar e inspirar qualquer pessoa que queira trabalhar com moda. ♡

terça-feira, 1 de julho de 2014

Capas de julho

Confesso que deixei de acompanhar assiduamente as publicações do mês de julho e por isso foi bem difícil escolher minhas preferidas. Nesse mês, como no anterior, teve muita reimpressão de imagens. A Katy Perry, por exemplo, está em praticamente todas as capas da Cosmopolitan, e mais Gisele, e mais Angelina... Até um ensaio que a Anja Rubik fez lá no começo do ano apareceu reimpresso na Vogue Portugal. Pra ser sincera achei tudo muito meh.

Porém, algumas publicações foram felizes na escolha de suas capas e designs (pelo menos para o meu gosto). Estão aí as preferidas de julho!

diane kruger vogue
Diane Kruger ~ Vogue Alemanha


Karlie Kloss ~ Vogue Brasil 
Sam Rollinson ~ Vogue Rússia
Rihanna ~ Harper’s Bazaar Arábia
Angelina Jolie ~ Marie Claire Austrália